sábado, 7 de novembro de 2009

Ética...?


Imagem retirada do blog professorricardovieira.blogspot


Este ano foi para mim um ponto de reflexão – sobre a ética de servidores públicos em cargos de confiança na educação brasileira e com muita tristeza, mas também de consciência limpa escrevi este texto que compartilho com vocês...

Vivemos momentos onde as relações de trabalho desconhecem sua essência quanto à ética e o respeito ao cidadão trabalhador. O excesso de poder permitido em determinados órgãos públicos a cargos políticos é simplesmente vergonhoso. E quando vivemos isso no âmbito da educação ficamos estarrecidos, enquanto educadores, a pensar o que a política de nosso país permite aos seus eleitores, que confiam em mudanças para melhorar a qualidade de vida das pessoas, e o que nós vemos é abuso de poder por pessoas sem nenhuma ética profissional e muito menos conhecimento intelectual suficiente que o façam perceber que a EDUCAÇÃO não pode e nem deve seguir a certos dogmas eleitoreiros.
A educação precisa de pessoas sérias que tenham na sua alma o amor pela mesma e não por partidos políticos, pessoas que estejam em cargos educacionais por competência e não por promessas políticas, as quais muitas das vezes, pela conduta de quem atua, termina até prejudicando um governo sério e competente que lhe confiou um trabalho. Mas enfim... e onde está a ética? Será que conhecem? Ou pelo menos já descobriram que os parâmetros curriculares da educação retratam sobre a ética no âmbito educacional? Então deixa eu falar um pouquinho sobre ela....
A Ética diz respeito às reflexões sobre as condutas humanas. A pergunta ética por excelência é: como devo agir perante os outros? Verifica-se que tal pergunta é ampla, complexa e que sua resposta implica tomadas de posição valorativas. Você enquanto servidor público em cargo de confiança de um governo, faça esta pergunta a você mesmo....Como devo agir perante os outros? E não sai por ai exalando poder provisório...nós cidadãos brasileiros pagamos suas contas, merecemos o mínimo de respeito. O ser humano é por excelência um ser mutável, por isso cabe a ele errar e repensar em suas atitudes mudando-as para melhor. Mas devemos pensar...o melhor para quem? Para mim? Uma boa política busca discussão, boa relação e age com bom senso. Diante de tantos absurdos que vemos por excesso de poder na EDUCAÇÃO perpassando a ética profissional, desrespeitando os pilares da ética do servidor público, pergunto...
Haveria razões que justificam a necessidade de ser um bom cidadão além da tolerância mútua? Isto será suficiente para garantir ao homem a manutenção do desejo que o move em todos os aspectos de sua vida? Como escapar do poder que nos pede apenas uma atitude de "homologação" como dizia Pasolini?
A sistematização da política, não eliminou as práticas viciosas, mas ao contrário aperfeiçoou e sofisticou o seu uso, disfarçando-a, qual o camaleão, com os vernizes da civilização.
Gostaria que pelo menos respeitassem os educadores e lembrassem que somos formadores de opinião...
A sociedade brasileira necessita de ações urgentes e eficazes, mas a condição para reconstituir o tecido de uma sociedade esfacelada pela miséria, violência, impunidade , individualismo e assédio moral é ajudar o homem a fazer a experiência da busca de sentido, do reconhecimento das exigências que o constituem e o impelem à ação. É fazer o cidadão trabalhador buscar conhecer seus direitos garantidos na constituição brasileira, não calar diante dos abusos de poderes provisórios, de pessoas sem condição intelectual de atuação profissional e ética. Desta forma teremos a possibilidade de múltiplas experiências sociais, que partem de homens que também são cidadãos e que se reconhecem como cidadãos por direito.
Refletir no que o professor Luis Carlos Ludovikus Moreira de Carvalho retrata abaixo, é premissa...

Faz-se necessário um salto do individual para o coletivo, do privado para o público, do particular para o universal. Mas, isto não quer dizer que se exija que sejamos Sócrates, Cristo,Ghandi, Buda; ou Tiradentes, Antônio Conselheiro, Zumbi. Podemos, simplesmente fazer como alguns negros fizeram nos Estados Unidos. A lei os proibia de entrar em bares, eles entravam assim mesmo. Até que um dia aquela lei virou lixo.

Calar diante da impunidade é a mesma coisa de consentir aos absurdos que vemos acontecer na relação de trabalho do educador brasileiro... Quero finalizar lembrando que;
“Nós educadores somos formadores de opiniões”

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