sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Relação entre Cérebro e Aprendizagem



Nossa conversa hoje é sobre a mente humana e a aprendizagem. No dia a dia de sala de aula presenciamos crianças com muita dificuldade para aprender, sabemos que podem ser múltiplos os problemas e sempre estamos procurando um culpado, mas não paramos para pensar sobre o cérebro e a aprendizagem.
Segundo Johnson & Myklebust o cérebro funciona de forma semi- autônoma, ou seja, um sistema pode funcionar sozinho; pode funcionar com dois ou mais sistemas; ou pode funcionar de forma integrada ( todos os sistemas funcionando ao mesmo tempo). Os sitemas mais presentes a nível de distúrbios neurogênicos são: auditivo, visual e tátil.

Se o professor toma conhecimento deste funcionamento cerebral, pode ressignificar sua prática docente adotando uma didática que caminhe de forma sensório-motora ao funcionamento operatório formal. (Soares, 2003) Facilitando a explicação: Existem três formas de aprendizagem:
  • Aprendizagem Intra-Neurosensorial
  • Aprendizagem Inter-sensorial
  • Aprendizagem Integrativa.
Um tipo ou forma de aprendizagem não é exclusivamente intra-neurosensorial, o que precisa ser pontuado é que se, um sistema estiver comprometido, não necessariamente irá comprometer outros. É neste sentido que uma aprendizagem pode ser estudada como intra-neurosensorial.

Já aprendizagem inter-neurosensorial é o tipo que mais interessa a nós educadores, quando se estabelece uma atuação preventiva. Estudos mostram que certa aprendizagem ocorre quando dois ou mais sistemas funcionam de forma inter-relacionada. Fazer uso da música em atividades escolares é um recurso valioso, pois há a possiblidade de trabalhar simultaneamente os sistemas auditivos, visuais e até mesmo o sistema tátil ( caso a música desencadeie uma dramatização). A proposta é dar uma aula que "facilite" o funcionamento inter desses sistemas, sem necessariamente o professor ter que saber, se a melhor forma daquele sujeito em lidar com os objetos externos é: auditiva, visual ou tátil.

Montar um planejamento com esses pré-requisitos é uma forma de atuação saudável, onde Educação e Saúde possam caminhar lado a lado.
Consequentemente, esta atuação sob este ponto de vista, facilitará um outro tipo de aprendizagem-Integrativa. Se o professor tiver conhecimento da modalidade de aprendizagem do seu aluno, poderá transformar-se em um facilitador do processo ensino-aprendizagem.

Exigir uma atuação padrão dos alunos é um caminho improdutivo;cada um é um, com o seu próprio tempo lógico e psicológico e cada um te uma maneira específica de lidar com o conhecimento. Respeitar esta veia, este canal para o ato de aprender é preservar o cérebro de uma possível sobrecarga que só contruiria para uma desintegração total da aprendizagem.

Proporcionar uma aula trabalhando com as crianças os quatros níveis de aprendizagem: Organismo - Corpo - Inteligência permeado pelos princípios ligados ao ato de aprender: Atividade - Criatividade - Autoridade - Liberdade com certeza favoreverá uma atuação psicopedagógica preventiva de forma a não contribuir nas crianças os problemas de aprendizagem em função do desenvolvimento da relação que há entre cérebro e os modos pelos quais o homem aprende.

Dulce Consuelo R. Soares

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