segunda-feira, 29 de março de 2010

A era Digital e o Contexto Escolar...


Vivemos momentos de reflexão na história da educação relacionada à era digital. Pois se formos observar, em pouco menos de 50 anos os computadores deixaram de ser aparato da indústria e se adentram nas residências, lojas, clubes, sybers, requerendo também como instrumento de pesquisa nas escolas. Esta revolução silenciosa alterou a dinâmica da sociedade e promete grandes mudanças na educação.
A velha prática educativa de ler e escrever apenas com o uso do giz e da lousa está sendo repensada, pois com a nova era digital a leitura e escrita se torna mais dinâmica para o aluno , uma vez que o mesmo interage com a leitura através de sons, imagens levando-o a uma maior compreensão do que se está lendo, sem falar do prazer visual que muitas leituras eletrônicas oferecem.
Sabemos que todo este dinamismo e facilidade que a internet oferece muitas vezes causam alguns problemas no meio educativo, por isso temos que oferecer ao educando uma orientação adequada quanto a seu uso, é preciso ainda um processo de formação específica para o uso pedagógico da internet, como de todas as atuais tecnologias da informação e comunicação, a fim de que a Educação possa aproveitar estas possibilidades.
As novas práticas de leitura e escrita na internet oferecem muitas possibilidades de interação entre o leitor e o texto, mas também uma preoculpação apareceu com o surgimento de novas formas de escrita resumindo o que se quer falar, que ao meu ver causa uma dependência à escrita errada o que preoculpa bastante o meio educacional. Acredito que levando para a sala de aula estas escritas e trabalhando estas leituras com os educandos podemos resgatar a escrita culta, penso que deva se valorizar as duas maneiras de se escrever.
Quando oferecemos ao nossos alunos um texto impresso e depois oferecemos um texto eletrônico podemos perceber que a intereção pelo texto eletrônico é muito maior, ora tal texto faz o educando interagir de forma dinâmica, espontânea e prazerosa devido aos recursos oferecidos. O hipertexto é um destes recursos, pois cria condições de possibilidades para tornar as salas de aula um espaço de todas as falas, de rede de conhecimentos, da construção coletiva, da partilha das interpretações. Torna um ambiente dialógico, uma diálogo com o próprio sistema e também o dialogo com os outros usuários. O autor pretende num hipertexto pensar o que se quer informar, como se pretende informar e quem será o usuário desta informação, sem se preoculpar em apresentar de forma linear, apostando na exploração e criatividade do leitor o qual irá percorrer em caminhos diversos à sua compreensão, o leitor será responsável pela sua própria compreensão. Bem diante de todas estas mudanças na leitura e escrita que temos hoje como nova estratégia de ensino, é necessário clareza em relação aos objetivos da inserção destas novas tecnologias nas escola, pois os recursos tecnológicos, exemplo o computador, não possuem uma característica intrisicamente interativa e transformadora, é o modo como a escola irá utilizar que determinará sua função de estímulo à criatividade, de transmissor de informação e de desenvolvimento de habilidades cognitivas.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Violência no Trabalho: Você sabe o que é assédio MORAL?


A viloência faz parte de situações e das informações do nosso cotidiano. Mas geralmente quando se trata daquela que acontece no local de trabalho vem a ideia situações extremas de agressão a professores, diretores e alunos. Embora a mídia veicule o aumento na quantidade de violência física, existe um tipo de violência que implica em situações no ambiente de trabalho caracterizada por condutas abusivas nos relacionamentos interpessoais, com consequências na saúde física e mental dos trabalhadores, que caracterizam a ocorrência do assédio moral.

Mas o que é assédio moral?

O fenômeno implica em qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, ação, atitude) que remeta por característica e/ou frequência, contra a dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pessoa, e ponha em risco o emprego ou altere negativamente o clima de trabalho.

Para Hirigoyen(2002), no assédio o objetivo é atingir o outro, romper com sua estabilidade, explorar o seu psíquismo, de forma perversa.

Hirigoyen(2005) identificou quatro categorias de atitudes hostis que permitem identificar a ocorrência de assédio pelos assediadores. São elas:


  1. Deterioração proposital das condições de trabalho:
  • Retirar da vítima autonomia;

  • Não transmitir informações úteis para a realização de tarefas;

  • Contestar sistematicamente as decisões da vítima;

  • Criticar seu trabalho de forma injusta ou demasiada;

  • Privar o trabalhador de acessar seus intrumentos de trabalho:faz, computador, telefone, etc;

  • Retirar o trabalho que normalmente lhe compete e dar permanentemente novas tarefas;

  • Atribuir proposital e sistematicamente tarefas inferiores ou superiores à suas competências;

  • Pressionar a vítima a não exigir seus direitos;

  • Agir de modo a impedir ou dificultar que obtenha promoção;

  • Causar danos em seu local de trabalho;

  • Desconsiderar recomendações médicas;

  • Induzir a vítima ao erro.

2. Isolamento e recua de comunicação.

3.Atentado contra a dignidade:

  • Utilizar insuações desdenhosas;

  • Fazer gestos de desprezo para vítima (suspiros,olhares,risos, conversinhas, etc..)

  • Desacreditar a vítima diante dos colegas, superiores ou subordinados;

  • Espalhar rumores a respeito da honra e boa fama da vítima;

  • Atribuir problemas de oredem psicológica;

  • Criticar ou brincar sobre deficiências físicas;

  • Criticar a cerca de sua vida particular; zombar de sua origens;

  • Atribuir tarefas humilhantes.

4. Violência verbal, física ou sexual

Os assediados não possuem características de personalidade ou outras comuns que expliquem porque se tornaram alvo da violência, predominatemente psicológica.

Trata-se, muitas vezes, de profissionais competentes, detalhistas, com elevada dedicação ao trabalho (HIRIGOYEN,2008).

Aguiar(2003) identifica as vítimas como pessoas atípicas, excessivamente competentes ou que ocupem espaço demais, aliadas a grupos divergentes da administração, "improdutivas" ou temporariamnete fragilizadas por licenças de saúde. (...)

(...)De modo que o assédio moral constitui uma guerra psicológica no local de trabalho que agrega dois fenômenos: o abuso de poder e a manipulação perversa.

O conjunto de agressões que configura o assédio moral pode significar a perda de identidade, da auto-estima, da saúde física e mental do trabalhador. A condição de recuperação torna-se difícil caso suporte organizacional e de profissionais - como psicológos e psiquiatras- não foram procurados.

Achei muito interessante este artigo de Suzana da Rosa Tolfo, publicada na revista "Direcional Educador.edição62-março/2010 e resolvi postar para que nós trabalhadores da área da educação ou outra área possamos estar conscientes de nossos direitos.